Arquivo mensal: maio 2011

Por que existe ano bissexto?


Calendários: Hindu, Budista


Calendário Hindu

É respeitado nos países de religião maioritariamente hindu (Índia, Paquistão, ilha de Bali, Nepal, etc.). Em Novembro de 2005 os hindus celebram os 2061 anos da era Vikran. Vikran foi um rei hindu e o tempo, para os hindus, é contado “antes de Vikran” e “depois de Vikran”.
Tal como no calendário budista, os hindus também usam o calendário lunar, ao qual acrescentam um mês de de 3 em 3 anos. Nesses, o ano tem 13 meses, para o acertar com o calendário “ocidental” (gregoriano).

Calendário Budista

É respeitado nos países de religião maioritariamente budista (Laos, Tailândia, Sri Lanka, Cambodja, Japão, etc.).

O calendário budista inciou-se com o ano da morte e libertação final do Buda, que ocorreu quando ele tinha 80 anos, em 543 a.C. do nosso calendário.

No ano que corresponde a 2005, o calendário budista inicia o ano de 2565, em Dezembro ou Janeiro, pois os seus anos calculam-se pelo calendário lunar.

Calcular a duração de um ano pelas luas origina 12 meses, mas de 3 em 3 anos, o ano tem 13 meses, para o acertar com o calendário “ocidental” (gregoriano).
Cada mês tem 29 ou 30 dias, consoante as luas.
Este sistema torna difícil prever quando ocorrem os feriados e festas budistas.

Sabias que aos meses são apenas atribuídos números, mas no Sri Lanka são-lhe dados nomes?

Em geral, os anos budistas têm 12 meses com 30 dias. Têm três estações do ano com 4 meses cada: gimha (quente), vassa(chuvosa) e hemanta (ventosa).
Cada dia divide-se em duas refeições e em duas ou três partes, segundo a sombra do Sol ou da Lua.
A semana tem 7 dias.

Fonte: Clube Junior

Calendários: Maia, Islâmico e Chinês


Calendário Maia

Pesquisadores estimam que o calendário Maia foi usado pela primeira por volta de 550 a.C. É baseado no ciclo solar com 365 dias agrupados em 18 meses de 20 dias e mais cinco dias que não pertencem a nenhum mês e são acrescentados ao calendário para completar o ano. Foi o calendário mais elaborado das antigas civilizações pré-colombianas. Os maias acreditavam que o Planeta Terra possui uma existência de 5 grandes ciclos ou eras, com duração de 5.125 anos cada ciclo. Estaríamos vivendo atualmente o final do quinto ciclo que se encerra, segundo a crença maia, em 2012. Mas essa previsão catastrófica não é confirmada cientificamente.

Calendário Islâmico

O calendário islâmico ou calendário hegírico é um calendário baseado no ciclo lunar e composto por doze meses de 29 ou 30 dias com um total de cerca de 354 dias. A origem deste calendário remonta à Hégira que foi a migração de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622.  Em 2011, o Ano Novo islâmico ocorreu a 10 de Fevereiro, iniciando o ano 1432 da era muçulmana.

Calendário Chinês

O calendário chinês combina o ciclo solar com os ciclos lunares, sendo, portanto, lunissolar. A cada 12 anos completa-se um ciclo, dentro do qual cada ano recebe o nome de um dos 12 animais correspondentes ao horóscopo chinês: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, carneiro, macaco, galo, cão e porco.

Fonte: Nova Escola

Calendários na Antiguidade


Na Antiguidade, todos os calendários eram lunares, excepto o antigo calendário egípcio que era um calendário solar.

Calendário Babilónio

Os antigos babilónios tinham um calendário lunar de 12 meses lunares de 30 dias cada, e adicionavam meses extra quando precisavam deacertar o calendário com as estações do ano.Foram eles que deram os nomes aos dias, segundo os planetas que conheciam (e que os romanos depois adoptaram).

Calendário Egípcio

Os antigos egípcios foram os primeiros a ter um calendário solar (baseado no ano solar em vez de no ano lunar).O ano solar tinha 365 dias, divididos em 12 meses de 30 dias cada, com 5 dias extra no final do ano.Por volta de 238 a.C., o rei Ptolomeu III ordenou que um dia extra fosse adicionado de 4 em 4 anos, como sucede com o actual ano bissexto.

Calendário Grego

Na antiga Grécia utilizava-se um calendário lunar de 354 dias.Os gregos foram os primeiros a intercalar meses extra com base científica, adicionando meses a intervalos específicos do ciclo dos anos solares.

Calendário Romano

O calendário romano foi a base do nosso calendário actual, mas a sua criação foi bastante atribulada e foi ajustado e modificado muitas vezes. A sua versão final, o calendário Juliano, foi utilizado até ao século XV, em Portugal, sem grandes mudanças. Foi depois, definitivamente ajustado e substituído pelo calendário Gregoriano em 1582.

Fonte: Clube Junior

Tempo cronológico X Tempo histórico


O tempo é uma questão fundamental para a nossa existência. Inicialmente, os primeiros homens a habitarem a terra determinaram a contagem desse item por meio da constante observação dos fenômenos naturais. Dessa forma, as primeiras referências de contagem do tempo estipulavam que o dia e a noite, as fases da lua, a posição de outros astros, a variação das marés ou o crescimento das colheitas pudessem metrificar “o quanto de tempo” se passou. Na verdade, os critérios para essa operação são diversos.

Não sendo apenas baseada em uma percepção da realidade material, a forma com a qual o homem conta o tempo também pode ser visivelmente influenciada pela maneira com que a vida é compreendida. Em algumas civilizações, a ideia de que houve um início em que o mundo e o tempo se conceberam juntamente vem seguida pela terrível expectativa de que, algum dia, esses dois itens alcancem seu fim. Já outros povos entendem que o início e o fim dos tempos se repetem através de uma compreensão cíclica da existência.

Apesar de ser um referencial de suma importância para que o homem se situe, a contagem do tempo não é o principal foco de interesse da História. Em outras palavras, isso quer dizer que os historiadores não têm interesse pelo tempo cronológico, contado nos calendários, pois sua passagem não determina as mudanças e acontecimentos (os tais fatos históricos) que tanto chamam a atenção desse tipo de estudioso. Dessa maneira, se esse não é o tipo de tempo trabalhado pela História, que tempo tal ciência utiliza?

O tempo empregado pelos historiadores é o chamado “tempo histórico”, que possui uma importante diferença do tempo cronológico. Enquanto os calendários trabalham com constantes e medidas exatas e proporcionais de tempo, a organização feita pela ciência histórica leva em consideração os eventos de curta e longa duração. Dessa forma, o historiador se utiliza das formas de se organizar a sociedade para dizer que um determinado tempo se diferencia do outro.

Seguindo essa lógica de pensamento, o tempo histórico pode considerar que a Idade Média dure praticamente um milênio, enquanto a Idade Moderna se estenda por apenas quatro séculos. O referencial empregado pelo historiador trabalha com as modificações que as sociedades promovem na sua organização, no desenvolvimento das relações políticas, no comportamento das práticas econômicas e em outras ações e gestos que marcam a história de um povo.

Além disso, o historiador pode ainda admitir que a passagem de certo período histórico para outro ainda seja marcado por permanências que apontam certos hábitos do passado, no presente de uma sociedade. Com isso, podemos ver que a História não admite uma compreensão rígida do tempo, onde a Idade Moderna, por exemplo, seja radicalmente diferente da Idade Média. Nessa ciência, as mudanças nunca conseguem varrer definitivamente as marcas oferecidas pelo passado.

Mesmo parecendo que tempo histórico e tempo cronológico sejam cercados por várias diferenças, o historiador utiliza a cronologia do tempo para organizar as narrativas que constrói. Ao mesmo tempo, se o tempo cronológico pode ser organizado por referenciais variados, o tempo histórico também pode variar de acordo com a sociedade e os critérios que sejam relevantes para o estudioso do passado. Sendo assim, ambos têm grande importância para que o homem organize sua existência.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola